Em resposta ao desafio lançado pela escritora escritora Raquel Ramos, seguem os textos elaborados pelos alunos do 6º A, vencedores do concurso.
A lua começou a subir, a subir, e a subir… Com o jardim
da casa das barras amarelas às costas.
Subitamente a lua pára, e Branquinho, que até ali tinha
estado a dormir, sem se dar conta do que acontecera, acorda. Meio desorientado,
pergunta, em voz alta, sem esperar uma resposta:
- Onde estou?
- Em Marte, na terra natal dos gatos. Também conhecida
pela capital do queijo. Respondeu-lhe uma das 2 luas de marte.
- Fui eu que te trouxe aqui. Parecias tão simpático, e já
te tinha visto a comer queijo por isso queria que provasses um queijinho das
minhas lojas! Mas… Tenho de ir, adeus! Disse a lua muito contente.
A lua despediu-se e foi-se embora. Entretanto apareceu
ali uma gata branquinha que ao ver aquele bizarro jardim… Pois, porque lá os
jardins eram cheios de bolas de lã, postes para afiar as unhas e o chão… O chão
era como uma caixa de areia gigante.
A
gata misteriosa apresentou-se:
- Olá eu sou a Mia!
- Olá eu sou o Branquinho. Mostras-me a cidade?
- Sim. Já reparei que não és de cá.
Ela
mostrou-lhe o salão de manicura, o centro comercial de Miau York e o Central
Parque.
- Podias ficar. Afinal esta é a tua verdadeira casa! A
terra natal dos gatos. - Disse-lhe Mia.
- Mas eu tenho de voltar para as minhas donas. Elas
ficariam com muitas saudades, e eu com saudade delas…
Os dois ficaram sem falar a olhar para o por do sol, até
que Branquinho lembrou-se de perguntar:
- E tu não queres vir comigo?
- Estava a ver que não perguntavas! Claro que quero!
Branquinho
pediu á lua para os levar outra vez para a terra. A lua levantou voo mas,
passado uma hora de viagem, parou. Estava a acontecer uma chuva de meteoros que,
pelas informações dela, ia demorar pelo menos 3 horas.
-
Nós não temos tempo! Disse o Branquinho.
- Então
vamos ter de atravessar.- Respondeu-lhe a lua.
Depois
de grandes voltas, reviravoltas e corridas lá acabaram por chegar ao fim da
chuva de meteoros. Mas aquilo que tinham acabado de enfrentar, não era sequer
metade do que vinha a seguir. Um buraco negro, uma espécie de mini bigbang,
estava preste a criar um novo mundo.
- Só
um maluco é que atravessava aquilo!- disse a lua.
- Por
favor… Eu fui levado por uma lua, para um planeta considerado inexplorado pelos
cientistas de toda a terra, que pensavam não haver lá vida, devido às altas
temperaturas!!! No entanto, o planeta não é só habitável mas como também é
considerado a terra natal dos gatos. E lá todos os gatos falam.- Respondeu
Branquinho, já um pouco agitado com toda aquela correria.
- Eu
concordo… Já que chegamos até aqui não vamos parar.- Disse a Mia, muito
decididamente.
E
atravessaram, com muitos perigos e preocupações, aquela explosão negra que
estava a decorrer.
Salvaram-se
por um triz, e quando estavam já a um perímetro aceitável ficaram a ver aquela
explosão de cores.
A
partir daí o Branquinho e a Mia tiveram uma viagem descansada voltaram para a casa
das barras amarelas, onde viveram durante 100 anos, rodeados dos seus filhos,
netos e bisnetos, todos gatinhos branquinhos. (Sara
Fernandes nº 20 6ºA)
2º Para
onde será que a Lua levou o gato?
Para onde será que a Lua levou o gato, perguntam vocês.
Ai está a questão!
A Lua durante a noite levou o jardim e o gato, um
espetáculo grandioso visto de cima e de baixo.
O gato perguntou à Lua:
- Onde nos levas, a mim e às plantas deste jardim?
- Já vais ver.- respondeu a Lua.
Ela seguiu um percurso muito familiar para o gato.
Ela pousou o jardim à frente de uma pequena tília muito
conhecida para o gato. A tília à beira da pequena igreja. Muito familiar para o
gato mas desconhecida das plantas do antigo jardim da casa grande de barras
amarelas.
Ela reparou no pequeno gato que já lá estivera tempos
antes e disse-lhe:
-Há quanto tempo pequeno gato. Estou a ver que trouxeste
umas amigas muito conhecidas do bairro da casa grande de barras amarelas.
-Tens razão minha velha amiga. Estas são as exclusivas,
únicas e irrepetíveis árvores da casa grande de barras amarelas. Ou melhor,
eram. A dona Constança, que tem a mania da mudança, queria abate-las a todas.-respondeu
a velha tília.
Eu acolho-vos a todos, por isso, sejam bem-vindos.
E assim a velha tília acolheu o jardim da casa grande de
barras amarelas.
(Ricardo Pereira, 6º A)
3º Para onde é que a Lua levou
o jardim e o gato?
Levando o jardim pela noite fora a Lua perguntou ao gato branco
para onde queria que levasse o jardim, o gato disse:
- Quero que o leves para um lugar onde dizem ser o paraíso.
A Lua respondeu:
-já sei!
-onde?- perguntou o gato branco.
-logo verás.
E lá foram pela
noite dentro comtemplando as estrelas muito atentamente.
Logo ao
nascer o dia chegaram a um planeta nunca visto antes, um planeta soberbo. A Lua
pousou o jardim com muito cuidado tendo de seguida ido embora.
O gato branco saiu do
jardim e foi dar um passeio. O planeta tinha belos jardins mas só um
ultrapassava a beleza do seu. Encontrou outros gatos que também tinham os seus
jardins. Tornaram-se belos amigos, eles mostraram ao gato branco muitas coisas,
começando pelo jardim rei. O jardim rei era o jardim mais belo do planeta e
também o maior. O seu dono era um cão, que era muito amigo de todos os gatos,
era pequenino branco com uma mancha preta no olho, por isso chamavam-lhe “O
pirata”. O seu jardim tinha as flores mais belas do universo, árvores altas, belas
decorações, enfim.
Tudo parecia
perfeito! Mas não... Havia um jardim no topo de uma montanha com um estilo
muito assustador, lá vivia um gato magro e sem pelo nenhum. Lá, no jardim havia
uma casa meio abandonada onde morava o gato. Quase ninguém o via, pois mantinha-se
sempre no seu jardim e não deixava que ninguém fosse visita-lo, porque toda a
gente gozava com ele… jurava poder arranjar uma maneira de ter pelo.
Os seus amigos
também lhe contaram que uma altura o cão dono do jardim rei foi lá, mas ninguém
sabe porquê. O gato branco e os seus amigos combinaram ir ver o seu jardim que
diziam ser assombrado. No dia seguinte há noitinha, lá foram eles cheios de
medo e ao mesmo tempo cheios de coragem.
Chegando ao jardim
entraram na casa, esta já estava muito velhinha. A sua porta era uma porta
rotativa por isso foi fácil entrar. Era uma casa grande, com pouca decoração e
a que tinha estava partida. Exploraram a casa… até que encontraram uma divisão
que parecia ser um laboratório, lá estava o gato sem pelo com uns óculos muito
estranhos, ele sentiu um barulho, tinham sido o gato branco e os seus amigos
que partiram uma tábua do chão, já podre.
- Quem está ai?- perguntou o gato sem pelo.
E eles muito
caladinhos esconderam-se num armário que estava perto. O gato sem pelo foi lá
mas não viu nada, continuou o seu trabalho até que apareceu um pequeno rato no
laboratório, o gato sem pelo disse-lhe:
- Finalmente! Consegui uma poção para me crescer o pelo!
Finalmente vou poder sair de casa sem que ninguém me goze.
Passados uns
minutos o gato branco e os seus amigos ganharam coragem e foram ter com o gato.
Ele ficou impressionado pois nunca tinha visto ninguém que não goza-se com ele
quando o visse. Enfim, ele experimentou a sua poção, e passados alguns minutos
começou-lhe a nascer pelagem cinza claro. Ele deu pulos de alegria e o gato
branco e os seus amigos também ficaram felizes por ele.
Uns dias depois
quando o gato branco e os seus amigos olharam para o monte onde se encontrava o
jardim assustador viram uma decoração completamente diferente da anterior, mais
bela e colorida, aquele jardim passara a ser o mais belo do planeta paraíso.
A partir daquele
momento, naquele planeta tudo passou a ser perfeito, e o gato branco quis ficar
lá para sempre. (Margarida, 6º A)